domingo, 14 de setembro de 2008

Homenagem a Zé Côco reúne vários violeiros

Grandes Mestres são homenageados no I Festival de Cultura Popular Vozes de Mestres. Nessa edição, a mais especial foi o encontro de violeiros, no sábado (13), para lembrar os 10 anos da morte de Zé Côco do Riachão, que virou estrela há exatos 10 anos (13 de setembro de 1998). O talento de Zé Côco é reconhecido internacionalmente em função da excelência dos instrumentos que tocava, os quais ele mesmo confeccionava.
Segundo Carlos Felipe, presidente da Comissão Mineira de Folclore, Zé Côco pode ser considerado um mito devido a sua viola autêntica. “Zé Côco tinha a alma da viola e por isso influenciou tantos violeiros. De sua viola saía poeira e cheiro de bosta!”, ressaltou.
A Tenda Mestre Salustiano, espaço principal do encontro, ficou pequena para tantos talentos que por lá passaram: Pereira da Viola, Pedro Mestre, Cláudio Alexandrino, Décio Marques, Fernando Sodré, Wilson Dias, Rodrigo Salvador, Joaci Ornelas, Mestre Nelson Jacó, entre outros.
Dona Luiza Rodrigues, filha de Zé Côco, foi a convidada especial. Apesar de ter perdido o genro, na véspera da abertura do evento, ela encontrou forças para subir ao palco e executar músicas de autoria de seu pai ou de domínio público. “Estava em Montes Claros, me sentindo mal. Mas aqui estou bem. É o clima de festa e o carinho que tenho recebido de pessoas que gostam muito do Zé Côco”, disse. Ela subiu ao palco ao lado dos músicos Zé André e Geraldo Dias, que sempre acompanharam Zé Côco em suas apresentações.
Carlos Felipe, pessoa que sugeriu a Zé Côco que incluísse a palavra Riachão em seu nome artístico, explicou que a idéia era reunir violeiros influenciados pelo Mestre. Porém, devido a problemas de conciliação de agendas, a escolha partiu da disponibilidade de cada um em se apresentar, voluntariamente, no festival. “Atitude esta que demonstrou humildade e reconhecimento dos violeiros de Minas Gerais".
Por Micheli Albanez

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