sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Oficinas de tambores continuam

A Guarda de Moçambique de Justinópolis conta com, aproximadamente, 800 pessoas, sendo 120 percussionistas. O grupo tem como principal objetivo divulgar a cultura africana, em especial o Congo e o Moçambique. Congo e Moçambique são manifestações culturais em que há significativa presença religiosa e a devoção em comum por Nossa Senhora do Rosário.
Segundo Dirceu Ferreira Sérgio, oficineiro e Capitão Regente da Guarda de Moçambique de Justinópolis, a cultura brasileira é carregada de influências africanas. Muitas manifestações que aqui existem são traços marcantes da cultura afro. O Congo e o Moçambique são exemplos. Infelizmente, ainda hoje, há muito preconceito em relação à cultura negra.
O Congo é uma forma de agradecimento através da fé. É uma maneira de preservar as tradições e resgatar a memória dos nossos antepassados. O público é bem diversificado, apesar da maioria dos participantes ainda ser negra, de classe baixa.
O grupo “A Guarda de Moçambique de Justinópolis” já fez diversas apresentações em várias partes do Brasil, como São Paulo e Acre, Fora do país, representantes do grupo participaram do Projeto Brasil na França, com o intuito de divulgar o movimento. A oficina de tambores, ministrada pelo próprio Capitão Dirceu, tem por objetivo instruir as pessoas na confecção dos instrumentos usados no Congo, uma vez que os instrumentos são todos feitos artesanalmente.
De acordo com os alunos Jana Ferreira Diniz, 25, e João Pedro Valadares, 23, “a oficina é um excelente meio de chamar a atenção para as culturas populares”. Ambos ficaram sabendo do evento através da internet e têm interesse pela área artística e cultural.
Para Dirceu, o Festival Vozes de Mestres atua como importante centro de divulgação de culturas. “As oficinas, em especial, servem como ponto de partida para despertar o interesse da população para as culturas populares”, destacou.


Por Raquel Domingues.

Nenhum comentário: